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Mörk Borg e a pós-OSR

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O vento sopra do oeste. Das terras despedaçadas. A decomposição o cavalga, E o fedor de sangue. Andarilho amaldiçoado, Você viajará para lá? Finalmente pude colocar minhas mãos nesta obra divisora de águas e de opiniões, e ápice do movimento Artpunk no RPG. Inigualável porém imitado por um sem número de cópias; uma inovação da estética como elemento primário em um produto de RPG (como diria um velho roqueiro: “nunca deixarei a música sobrepor a minha estética”), com regras simples e velhas conhecidas de jogadores de D&D (com algumas alterações mecânicas para deixar o jogo mais simples e moderno). Seja amado ou odiado, Mörk Borg é uma influência para as novas gerações de RPG. Inclusive fora da bolha old-school. Já vi muita gente que não gosta de old-school mas que por alguma razão gosta de mörk borg (não entendo, mas é a realidade). A começar pelo principal, a estética, mörk borg tenta passar (e em certa medida consegue) uma imagem de rpg sombrio, das trevas, diabólico (um álbu

RPG old-school não tem história?

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  O culpado de tudo Um dos pontos de maior discórdia quando se trata de old-school é a história. Isso se deve ao que foi estabelecido em meados dos anos 80 (e ratificado pela Revolução Hickman¹) com a ditadura da história no RPG. É a partir daí que temos a hegemonização do conceito de RPG como um "jogo de contar histórias". Claro que desde o início do hobbie já havia uma disputa sobre qual caminho ele seguiria, e diferentes interpretações, mas podemos demarcar esse período a partir dos anos 80 alto como o início da ditadura da história. Essa ditadura é uma contraposição ao espírito do jogo old-school onde o desafio é o elemento fundamental, e não a história. Recentemente um influenciador do meio do RPG postou uma frase em que dizia que os jogadores não queriam XP ou tesouros, mas boas histórias. Essa é a síntese do que o RPG se tornou após a Revolução Hickman: um jogo em que o mestre (aqui ganhando o status de narrador/ storyteller ) conta uma história em que os personagen

[Resenha] D&D: Honra entre Rebeldes - Um filme de super-heróis para um jogo de super-heróis

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Após o sucesso estrondoso que a 5e alcançou nos últimos anos, e na esteira do fiasco em que a Wizards/Hasbro se meteu com toda a treta envolvendo a Open Game License (OGL), estreou o mais novo filme baseado na marca Dungeons and Dragons. Os dois filmes anteriores não gozaram do mesmo prestígio que o atual vem recebendo, o que em si já é um passo à frente. Como sempre, a Hasbro apostou em grandes nomes do cinema, como o astro Chris Pine, que protagoniza o filme como o Tony Stark da fantasia medieval, recrutando os Vingadores da Costa da Espada e soltando as principais piadas do filme. E é justamente o carisma dos atores, aliado a uma aplicação bem-sucedida da fórmula Marvel, e uma excelente direção da dupla Jonathan Goldstein e John Francis Daley quem sustentam o longa-metragem. O filme diverte, tem momentos de tensão, diálogos engraçados e efeitos especiais competentes. O roteiro soube utilizar bem os quase 50 anos de história da marca, e este, é possivelmente o produto com a

[Resenha] Tales of the Scarecrow (LotFP)

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Colheita maldita do James Raggi LotFP – 1º nível Tales of the Scarecrow é uma pequena publicação de Lamentations of the Flame Princess , com 8 páginas que descrevem um local de aventura. Escrito por James Edward Raggi IV, o módulo consegue expressar bem a veia weird da linha LotFP, com um horror lovecraftiano numa área rural e despopulada. A publicação começa estabelecendo a configuração do local e como utilizar a aventura. Um milharal viçoso no meio de uma região estéril no caminho entre dois assentamentos maiores, próximo à estrada. O campo é circular, com uma casa no centro e um espantalho em meio a plantação. Há um caminho que leva da estrada até a casa. Entram os personagens dos jogadores e a colheita maldita começa. O caminho se fecha, uma criatura lovecraftiana saída da mente maravilhosamente deturpada de Raggi com 1.000 DV ataca quem quer que esteja no milharal. E, tendo poucos pontos seguros dentro da plantação, o trabalho dos jogadores é encontrar uma forma de sair dessa a

Coluna OSR Review no Brainstorm Cast

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Participei, junto com o Luís Oliveira da Lampião Game Studio , da inauguração de uma nova coluna do Brainstorm Cast, do meu grande amigo arkhimancista Samuel Hernandez.  Uma coluna que irá abordar alguns jogos e sistemas da Old School Renaissance (OSR) Iniciamos esse bate-papo falando sobre características do Old-School Essentials (OSE) e como elas se relacionam com o estilo de jogo old-school. Vou deixar a primeira parte dessa discussão. Sigam o canal do Brainstorm Cast e o restante da programação. Vale muito a pena! Links para o episódio:   Spotify:  https://spoti.fi/3U1CJOX Apple:  https://apple.co/3m2dcIN Google:  https://bit.ly/3ZDigRJ

Reporte de Sessão #01 - O Buraco no Carvalho (The Hole in the Oak)

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Saudações, navegantes!   Este é o primeiro post deste blog e também o relato da primeira sessão da minha campanha presencial de Old-School Essentials . Comecei mestrando a famosa The Hole in the Oak , publicada no Brasil pela RPG Planet Press como O Buraco no Carvalho , trabalho que tive o prazer de ser revisor. Espero que esses relatos sejam divertidos de ler e que ajudem mestres que querem usar esse excelente módulo para dar início a suas campanhas, incluí-lo em seu cenário caseiro ou mesmo jogar uma aventura one shot . Gostaria de reforçar que HAVERÁ SPOILERS! Jogadores da aventura parem de ler para evitar receber a maldição do mestre. Meu grupo de jogadores ainda está se formando e vários deles são novatos no estilo old-school. Está sendo uma experiência e tanto! Inicialmente eu reservei um papel quadriculado para que eles desenhassem o mapa, e deu certo nesta sessão. Na segunda nem tanto (posto o relato em breve). O Buraco no Carvalho Reporte de sessão #01 Após viajar por alguns